
O Banco Central (BC) decidiu suspender temporariamente três instituições financeiras do sistema Pix, após identificar possíveis ligações com um ataque cibernético recente.
As empresas afetadas são Transfeera, Soffy e Nuoro Pay.
Entenda o caso
A medida foi tomada porque as três empresas teriam recebido parte dos recursos desviados no ataque à C&M Software, uma provedora de serviços tecnológicos que conecta bancos ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
De acordo com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), pelo menos R$ 400 milhões foram desviados durante a ação criminosa.
A suspensão tem duração máxima de 60 dias, conforme prevê o Artigo 95-A da Resolução nº 30 do BC, de 2020, que regula o funcionamento do Pix.
Essa norma permite a exclusão preventiva de qualquer participante que coloque em risco a segurança do sistema.
Empresas se pronunciam
A Transfeera, autorizada pelo Banco Central, confirmou a suspensão de suas operações via Pix.
No entanto, a fintech informou que os demais serviços de gestão financeira seguem funcionando normalmente.
nem ela nem seus clientes foram prejudicados diretamente pelo ataque e que está colaborando com as investigações.
Já as outras duas fintechs, Soffy e Nuoro Pay, atuam no Pix por meio de parcerias com outras instituições financeiras.
Até o fechamento desta reportagem, nenhuma delas havia se pronunciado.
Motivo da suspensão
Segundo o Banco Central, a decisão visa proteger a integridade do Pix e reforçar a segurança de todo o sistema de pagamentos, enquanto as investigações sobre o ataque são concluídas.
Como aconteceu o ataque
O ataque ocorreu na noite de terça-feira (1º), quando hackers invadiram os sistemas da C&M Software.
Portanto os criminosos transferiram o dinheiro das reservas que os bancos mantêm junto ao BC para cumprir exigências legais.
Contudo mesmo sem operar transações financeiras diretamente, a C&M Software faz a ponte entre diversas instituições e o sistema de pagamentos do Banco Central.
Na quinta-feira (3), o BC autorizou a empresa a retomar suas operações com o Pix.
Polícia já prendeu suspeito
Agora as investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal, Polícia Civil de São Paulo e o próprio Banco Central.
Na sexta-feira (3), a Polícia Civil prendeu um funcionário da C&M suspeito de ter facilitado o acesso dos hackers.
Ou seja Ele teria recebido R$ 15 mil para fornecer senhas e criar um sistema que permitisse a invasão.
Fique de olho
O caso ainda está em apuração e novas informações devem surgir nos próximos dias.
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